Angra dos Reis, 31 de Dezembro de 2014
Foi-se mais um ano. E que ano duro e desafiador! Vendemos nosso apartamento, colocamos as crianças em uma escola americana, mudei de emprego e teve ainda o sofrimento com a doença e posterior falecimento do meu sogro - tudo em um ano só.
Enquanto escrevo estas palavras, o mar está muito mais tranquilo agora... mas passamos por boas tempestades.
Nos adaptamos bem ao apartamento alugado, as crianças também se adaptaram ao novo idioma (depois de muita luta) e as coisas também se acomodaram depois da perda do patriarca da família da minha amada. A frente temos sonhos, muitos sonhos e metas, prometendo um 2015 com águas mais calmas (será?!).
Botamos na cabeça que para sair por ai não devemos ter nada (financeiramente) que nos prenda no Brasil. Nenhum imóvel, pendências... nada, e o nosso foco esta exatamente nesta desmobilização.
Esse ano também é ano de alfabetização da molecada... em inglês. Este é o outro pré-requisito para partirmos. E tudo correndo bem até dezembro estaremos prontos faltando encontrar o barco e fazer as malas.
Mas mudando o assunto e falando um pouco sobre a virada do ano, nestes últimos dias o Laffite enfrentou sua maior lotação até o momento, parecia a barca Rio Niterói às segundas!
Veio a parentada toda do RJ para o Bracuhy encontrar conosco. Minha mãe, sogra, cunhados, sobrinhos.. chegamos a ter 11 em um barco de 36 pés. Arrumamos uma vaga emprestada para o barco no pier (valeu Nando!!) e alugamos uns quartos na casa/pousada de uns amigos (valeu Re e Guilhermo!!). O esquema ficou nota dez e de la saíamos todos os dias para o mar.
Conhecemos vários outros points legais em Angra que ainda não tínhamos ido, belas dicas colhidas do guia de Angra/Paraty. Conhecemos restaurantes bem legais e não tao procurados e até churrasco na ilha de Itanhangá fizemos junto com o próprio dono da ilha. Muito bacana conhecer a história da Ilha e da família deles.
Churrascos e mais churrascos de diversão... muito bom! Mas tenho que confessar que o barco ficou miúdo para tanta gente e por vezes me dava agonia em ter que me equilibrar por entre o povo para ir ver alguma coisa na proa. Era amendoim caindo pelo chão, nego pedindo cerveja, outro querendo o remo do standup, sobrinha falando em ir pescar, cunhado querendo pilotar o barco - faz parte!! :))
E o povo mal chegava na marina (depois de um dia na praia!!!).. tomava banho, e vinha de volta pro barco para tomar um vinho a noite conosco no cockpit. (vai descansar desgraça !!! ...vou pedir demissão!!)
...brincadeiras a parte, mas eu entendo. Sem que eles soubessem, o mesmo bichinho que tinha mordido a gente anos atrás também estava mordendo eles (tinha uns até falando em embarcar conosco mundo a fora... jessusss.... Vou me jogar no mar!! )
:)))